31.12.09

"Tudo novo, de novo..."

"A esperança é como um sol que  brilha dentro da gente." 
(Celso Kasprzak)
Naturalmente o último dia do ano é cheio de reflexões... "Sem querer" a gente repensa muito do que aconteceu no ano que se encerra e nota que não cumprimos algumas das nossas promessas do reveillon passado... não realizamos parte dos nossos planos... Porém, mais do que se dar conta de tudo o que deixamos de fazer, de todas as "dívidas" que mantivemos conosco, é a porta de entrada pra renovação das nossas promessas, dos nossos planos, sonhos... é o dia que a gente reabastece as esperanças, as torna novinhas em folha, para que elas brilhem o suficiente para iluminar um ano inteiro que vem pela  frente!
Então, que nós sejamos novos como ele, que sejamos cheios de esperanças para irradiar luz, que tenhamos amor, paz, ternura, tranquilidade... que sejamos felizes para construir um feliz ano novo! 
"Isso é o que te desejo na nova década. Zézim, vamos lá. Sem últimas esperanças. Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias. E nenhuma, fora de viver cada vez mais plenamente, mais confortáveis dentro do que a gente, sem culpa, é. Let me take you: I’m going to strawberry fields." (CFA)




25.12.09

Natal...


"Naquele ano o Natal deixou de significar para mim enfeites e presentes, e começou a significar recordações. No começo fiquei um pouco desapontado, mas aprendi que a memória é uma maneira de guardar as coisas que amamos, as coisas que somos, as coisas que não queremos perder nunca. E o que aprendi com Winnie foi que, num mundo que muda tão depressa, o melhor que podemos fazer é desejar aos outros um Feliz Natal. E muita sorte."

(Kevin Arnold referindo-se ao trevo de quatro folhas que ganhou de presente de Winnie no natal de 1968.Anos Incríveis, episódio 009 - "Natal",  2ª temporada. )


P.S¹:
♫"E sem explicar eu olhei para baixo
E vi no terreiro
Um trevo de cinco folhas
Que é muito mais raro"


P.S²:  Eu fico devendo um post que eu tenho pensado desde o começo do blog, falando de anos incríveis... Mas vou terminar de assistir pra poder cumprir.

13.12.09

Verdade

"A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia."

(Carlos Drummond de Andrade)

8.12.09

Das maravilhosas histórias...


"Um homem conta suas histórias tantas vezes que se mistura a elas, e ela sobrevive a ele. É desse jeito que ele se torna imortal."

Me encontro sem palavras depois de ter assistido "Peixe Grande"...
Em dias como hoje a gente nota que muitas vezes a gente não sabe exatamente do que precisa, mas a vida acaba nos dando... Sem muitos esforços, de formas surpreendentemente simples...
Nota que a fantasia, a beleza, a poesia que a gente parece criar pros nossos dias não é tão irreal quanto algumas pessoas possam pensar que sejam... que não são criações, mas constatações que só se pode fazer quando se sabe e se aplica o grande segredo ensinado pela raposa ao principezinho que a cativou: só se vê bem o coração...
Nota que o que é realmente bonito nunca morre, que a beleza das coisas não acaba...ainda que a gente tente "desconstruir", o que é de belo de verdade, permanece...

3.12.09

Muitas chances numa única chance

Porque o amor grande é uma insanidade lúcida, nem os melhores amigos entendem, é detratar e se retratar com mais freqüência do que se gostaria. Amor é o excesso de responsabilidade, de encargo, confiado a quem nos acompanha. Oferecemos o que não conseguimos alcançar.


Sempre seremos menores do que ele, já que é o único que cresce na extinção. Minha mãe costuma dizer que casamos quando encontramos uma solidão maior do que a nossa - só assim saímos da própria solidão.


Há gente, sim, que muda de amor para não mudar de opinião, que muda de homem para não mudar sua rotina, que manda onde não vigora poder e dominação. Que culpa o amor por não dar conta dele, que ama já pedindo desculpa por não amar.


O amor grande não é um grande amor...
Há gente, eu conheço, que desperdiça a chance do amor grande porque há apenas uma chance para amar grande. Muitas chances dentro de uma chance. O resto são disfarces, suturas, apoios...


Amor grande seria insuportável duas vezes nesta vida. Ou a gente se apequena para receber esse amor ou permanece se engrandecendo para não aceitá-lo.


Fabrício Carpinejar (grifos - mto coerentes-  já vindos de onde eu copiei que agora eu não lembro onde foi...)

27.11.09

Oração



(imagem copiada de "Branco Escuro")
"Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas (...)Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor."
(CFA)

24.11.09




May-be...


"It seems to me that maybe
It pretty much always means no

And often times we're lazy
It seems to stand in my way
Cause no one no not no one
Likes to be let down
It seems to me that maybe
It pretty much always means no..."

22.11.09

Retomando...

Diferente do que se pode ter pensado, a falta de postagens nos últimos dias não indica que esse blog viveu um momento de empolgação de blogueira iniciante e por isso ficou "abandonado". Na verdade, eu vinha diariamente e tentava começar uma nova postagem, mas...não conseguia.

"Felicidade que transborda, parece não querer parar..."

Parece que, de certa forma, eu tô conseguindo desforrar o ano "não vivido" nesses meses finais, espero que continue assim...
Roubando as palavras do Rei "para vocês que não sabem" eu passei na prova da OAB! (Peeega! chupa cespe! toma-lhe-te! etc etc etc =P). É...até que eu tenho uma sorte bacana pra passar nas coisas...=P E dessa vez, mais do que nunca, foi um presente...no dia do aniversário de casamento dos meus pais..."acho" que eles ficaram felizes.. (é que eu não lembro de muitos detalhes...=P).
Foi muito legal, na verdade, tá sendo, porque eu tô "entendendo" aos poucos que alguns dias e uma solenidade de compromisso me "afastam" de poder dizer que eu já sou uma "a-de-vo-ga-da".
É impressionante, porque eu me sinto, na verdade, como uma caloura, tô mais perdida do que cego em tiroteio, mas...eu tô feliz, acho que, agora, isso é o que importa,né?! é sim! ;)
Enfim...esse post é só pra retomar os trabalhos por aqui, agora que passou "o primeiro dia do resto da minha vida" (como eu dizia um pouco "alterada" na segunda-feira).
Então...bora lá,né?! pra frente, sempre!
=D

14.11.09

Em outras palavras...*



Beijos, abraços, beira-mar
Subúrbio distante ao luar
chuva no olhar
Cada esquina tem o que guardar...
em cada esquina poder te encontrar
sentir que, de certo, é sempre bem perto que eu quero estar...

Todos os lugares..
romance de rua no bar
Cheguei na cidade vou te encontrar
Terraço vazio, perto do céu...
Na boca do caos o amor é mel...
 
Detalhes de rua me fazem sonhar
Lembrando nós dois me deixo levar
Toda cidade, paisagem pra amar





Toda cidade
É paisagem
Pro nosso amor
Filme de amor
Super-amor
(...)


Feelings are feelings and i need you baby
Forever and ever...

(Fernanda Abreu - Paisagem de amor)




*Em outras palavras: Se eu morasse aqui pertinho...


11.11.09

Forte Presença de Alice

 A primeira vez que meu olhar cruzou com o de Alice, depois daquele término, tremi. Era um lugar muito pequeno e apertado para o meu incômodo. Ela não falou comigo, exatamente como eu a obriguei, e isso me ofendeu, porque Alice nunca fazia o que eu pedia, e dessa vez o fez. Foi dolorido vê-la linda, sorridente e comunicativa aos demais, exceto a mim, e fui eu quem quis assim.
Não era pra Alice ter ido embora, mas não havia outro desfecho para a nossa história. No fundo ainda esperava que ela voltasse e que me procurasse, como sempre fez, ou que retornasse ao meu pedido de desculpas. Mas ela seguiu tranqüila,  conformada e confiante, sem voltar atrás. Pior, levou-me com isso a razão, que sempre insistia em ter, deixou-me a certeza de que não a tinha. Eu estava farto de Alice, das coisas de Alice, mas quando a vi assim, indo embora sem o menor ressentimento, foi preciso me agarrar ao que dava, para manter minha auto-estima intacta.
Até hoje não consigo cruzar meu olhar com o de Alice. Muitas vezes reclamei da falta de liberdade quando estávamos juntos. Mas depois que ela se foi, perdi a liberdade de cruzar meu olhar com o dela. Eu já ostentava outra ao meu lado e não era ela quem me proibia, era a minha culpa, a minha saudade, a sua presença forte demais para mim. Havia uma mão enlaçada à minha quando a encontrei pela segunda vez, mas não foi por estar cego de amor que meu olhar não conseguiu cruzar com o dela.Talvez pela vergonha. Ou pela flor em seu cabelo. Foram dois segundos dilacerantes, até ela baixar os olhos e eu não saber o que fazer com os meus... Subiu as escadas em minha direção e tudo o que eu consegui reparar foi a flor em seu cabelo. Alice nunca usou flores quando estávamos juntos. O que aquela flor fazia ali, e quem ela iria encontrar tão bonita? Por alguns segundos, esqueci que havia alguém ao meu lado, e tentei disfarçar, sem falar com Alice, que simplesmente atravessou por mim, por dentro de mim, sem sequer tremer com minha presença e assim, me matou por dentro. Foi inevitável escrever pedindo desculpas.
Ela disse o que pretendia, era o mesmo que eu. Dar-me um abraço, um beijo no rosto, perguntar sobre minha vida e ir embora. Na carta que trocamos, me explicou o quanto estava feliz e o quanto gostaria de dividir isso comigo. Mas não pude lhe dizer a verdade, não pude lhe dizer o quanto me corroia essa sua felicidade. Não que eu não a quisesse vê-la bem, mas é que vê-la feliz significa que eu já não estou mais dentro dela... Pedi a Alice que não nos falássemos, tratei-a mal. E não pude lhe dizer exatamente o porquê. Mas ficou claro que Alice ainda me importa muito.
Quando a encontrei pela terceira vez, ela estava sorridente, e como sempre linda, era aquela Alice que conheci, mas estava abraçada a outro rapaz. Eu também estava com alguém. Ela já tinha me visto outras vezes, mas eu não. Era a primeira vez que a via beijando outra boca e foi difícil fingir que ela não estava ali. Pensava se ela perceberia meu incômodo, sentia medo de transparecer. Mas é que quanto mais finjo que Alice não existe, mais percebo sua presença. Quanto mais evito cumprimentá-la, mais a sinto ali. Quanto mais tento fingir que ela não é ninguém, mas me lembro quem ela sempre foi pra mim. Tento colocá-la no passado, mas desse jeito a deixo cada vez mais presente. Eu gostaria de poder saber o que ela faz e como está, mas ainda não posso.
Ela me disse, na tal carta que estava feliz. Eu também agora tenho alguém ao meu lado e até estou feliz. Mas é o até que incomoda.
Quando a encontrei pela quarta vez, ela estava comprando cigarros, o mesmo lugar onde durante anos comprou, o mesmo lugar que freqüentávamos juntos. Ela estava só e eu já estava a alguns passos dela, perto demais para poder voltar e longe demais para falar alguma coisa. Ela me olhou e nesse momento pensei em várias formas de dizer olá. Mas quando seus olhos atravessaram os meus como se eu não estivesse ali e se viraram para pegar o troco, senti desespero e alívio simultaneamente. Ela atravessou a passos curtos e calmos o caminho de volta ao seu carro e passou por mim indiferente, simplesmente como eu pedi. E tudo o que eu havia pensado em lhe dizer naquele momento foi adiado mais um pouco. Dei graças a Deus por não ter chegado a falar nada. Ainda virei para olhá-la, mas ela não, mesmo assim, sei que ela me viu fazer isso.
Não posso falar com Alice, porque ainda me importo demais. Não posso dar o abraço que ela gostaria ou trocar frases simples e despretensiosas, porque ainda me incomodo em vê-la. Finjo que não a vejo, mas não sei fingir tão bem quanto ela. E quanto mais tento ignorar Alice, mais percebo sua forte presença. E é doído saber que para ela não há problema em falar comigo, porque isso significa que a perdi de vez. Com a covardia que sempre me foi peculiar, escrevi-lhe a última carta, denunciando todo o meu amor: não quero ser teu amigo, não quero falar contigo. Continuo evitando te encontrar. Não cruzes teu olhar com o meu, Alice, por favor. Ver-te a vontade me deixa tão desconfortável... É que ainda me importo demais. Tua presença é mais forte que eu.

(Texto de Luly Mendonça, muito procurado nos últimos tempos e, enfim, resgatado pela Super Alê...)

Porque só quem tem uma Alice na sua vida, sabe a dor e a delícia de sentir a força de sua presença...

10.11.09

Segunda de manhã...

“(...)Queria resolver, entregar, receber e voltar logo pra mim.(...) . Não era. Ou eu não sabia se era. Eu não queria ninguém ao meu lado. Não agora e nem nunca mais. O que obviamente era mentira, mas saia com uma força ainda mais forte que a verdade.(...)
"Como é que existe uma maldade que joga pessoas fora assim, mesmo sabendo tudo de bom que elas têm?” - minha cabeça grita noite após noite, quando eu não falo mais por ela e ela fala sem parar por mim e eu já até aprendi a deixar assim pra ver se gasta...
“Como é que a coisa mais bonita que já me deram vem da coisa mais feia que já me deram?”. Nunca saberia... Se eu não sei. Se você não sabe. Então ficamos sem resposta...
(...) Esquecer na massa do mundo e quase ser feliz (...). Essa coisa que eu adoraria entender, porque de verdade me escapa, me sacaneia, me é um adulto sábio e mais burro, que mostra pra mim que isso que me apego é só frescura e não saber viver...
(..) Porque se a pessoa mais doce que já conheci, se a pessoa mais sensível que já conheci, se a pessoa que me garantiu, e me disse que tudo bem, eu podia ficar...
Era possível ser e ter e durar e florescer e tudo. Se a pessoa que poderia saber de alguma coisa sabia muito infinitamente menos que eu...(...) Porque estar ao lado de alguém é só um mundo apertado e uma vontade de comer até enojar e uma licença pra existir e um descanso como dá.(...) . E o que me deu depois do sorriso eu nunca vou saber porque o bom de ter essa dor que nem dá pra mexer é pouco nos lixarmos pras pequenas felicidades.”

(Ao Lado, Tati Bernardi - maldade da Alê numa manhã de sol de segunda-feira... =P)

7.11.09

Tendo a lua...




♫ 
 Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim


O céu de Ícaro tem mais poesia que o de galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu


Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.


Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim


Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.


Herbert, um dos caras!

Doce que seja...

Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: Que se-ja  do-ce... 
Quando há sol e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo; repito sete vezes pra dar sorte: Que Seja Doce Que Seja Doce Que Seja Doce e assim por diante... Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada. Que seja doce...
Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e lembrar de você. 
Que sejam doces os finais de tardes...
Que seja doce assistir o sol nascer...
Que seja doce a surpresa...
Que seja doce a minha alegria... 
Que seja doce a saudade que eu sinto antes mesmo de me despedir...
Que seja doce a voz ao falar no telefone...
Que seja doce o seu cheiro, seu jeito, seus olhares, seu receio...
Que seja doce o seu modo de andar, de sentir, de demonstrar afeto...
Que sejam doces as expressões no teu rosto...
Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado..
Que seja doce a ausência do meu medo...
Que seja doce o nosso abraço...
Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão...
Que seja doce. Que sejamos doces...(nem demais, pra não enjoar. nem de menos, pra não amargar...)

5.11.09

Here comes the sun...it's all right.


Era de manhã, cedo...pouco importava a hora que o relógio marcava, mas o sol ainda não havia se colocado em seu lugar, a lua se despedia e o tempo convidava o corpo quente para sentir o arrepio do vento lhe tocando sob o sereno da noite que se despedia...
Trocou-se, calçou os sapatos e saiu... dispondo-se a andar o quanto fosse preciso para falar a ele tudo o que estava dentro do seu coração...
Partiu e pode então observar seus primeiros raios cortando o céu, como quem ates de entrar numa casa preocupa-se em pedir licença ao dono, pedindo licença à noite, alertando-lhe que, mais uma vez, chegara o seu fim...
Posicionou-se então, iluminando cada um de seus passos, fazendo com que se deslumbrasse com sua beleza...imponente, cheio de luz, cheio de boas energias que lhe fizeram então pensar que havia tomado a decisão certa quando resolveu recorrer a ele...
Contemplou-o por mais alguns instantes e passou então a abrir seu coração... começando pelas lágrimas que não pode conter diante de tamanha grandeza que ele, mesmo de longe, lhe demonstrava... passando então a falar de si, do mundo, do seu mundo, dos seus dias... pedindo que lhe ajudasse, já que tão grande, tão cheio de luz, certamente seria mais poderoso do que ela em toda a sua fragilidade, em todas as suas limitações...
Pediu a ele que ainda que fossem tortuosos os caminhos; fechadas as mentes e corações, ele nunca deixasse de lhes iluminar...
E então voltou, ao seu dia, ao seu mundo, ao seus sentimentos...a tudo, enfim.

Eu vou é cantar pro sol
E vou desejar com fé
E vou enfeitar de flor
O mundo que eu puder...


que é pra ver a beleza...a riqueza...

3.11.09

Esperar o ano novo?! Ah, não...

até porque tem coisa que não dá tempo...

  • Estudar pra defesa do TCC;
  • Estudar pra concursos;
  • Me inscrever nos concursos;
  • Ser mais paciente e delicada com a minha família;
  • Fazer uma atividade física;
  • Voltar a levar meu tratamento a sério;
  • Ler mais (e menos Caio Fernando Abreu);
  • Maneirar no refrigerante;
  • Ligar para aquelas pessoas que eu encontro na rua e prometo que vou ligar, marcar de fazer algo etc e nunca ligo,marco etc;
  • Visitar a minha madrinha;
  • Ir ao teatro;
  • Voltar a tocar;
  • Mandar cartas pelo correio;- Reduzir o tempo na internet;
  • Escrever mais/melhor no blog;
  • Sair uma tarde de sábado pra tirar fotos da cidade com a Carolina;
  • Reunir a ex(-futura^^) banda;
  • Ir à Bragança/ conhecer a casa nova;
  • Assistir todas as temporadas de Anos Incríveis;
  • Fazer algo que eu nunca imaginei fazer;
  • Pegar uma cartinha de natal nos correios;
  • Ir na Pracinha numa manhã de domingo com Elas 4 e Ele;
  • Organizar as minhas coisas em casa, o meu computador, a minha vida, meu tempo etc;
  • Ajeitar o mural de fotos da minha casa;
  • Assistir aos filmes que estão em uma velha lista no computador (cortar alguns da lista);

...
não acabou, mas tá de bom tamanho pra começar,né?!




"Respirou fundo: morangos, mangas maduras, monóxido de carbono, pólen, jasmins nas varandas dos subúrbios.
...saiu andando lenta em busca de uma rua sem carros, de uma rua com árvores, uma rua em silêncio onde pudesse caminhar devagar e sozinha até em casa.
Sem pensar em nada, sem nenhuma amargura, nenhuma vaga saudade, rejeição, rancor ou melancolia.
Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele sábado, daquele vento, daquele céu-azul..."(CFA)

31.10.09

...

E quando eu estiver triste, simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco, subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo, suavemente se encaixe

E quando eu estiver bobo, sutilmente disfarce...


 Caiu na boca do povo, mas não deixou de ser bonita, né?!
Pelo menos pra mim, é do tipo da música que se eu ouvir 20 vezes ao dia, no topo das mais pedidas na hora do almoço naquele bonde lotado...eu vou sentir a mesma coisa que eu senti no dia que eu ouvi a primeira vez e coloquei no meu perfil do orkut...é, faz tempo, mas há o que não mude...

27.10.09

Os fins justificam os meios...

A gente pode não perceber de cara...mas, meios confusos e as vezes até mesmo contraditórios podem conduzir ao melhor fim...
a gente faz o que pode, mas nem sempre pode com o que faz...
E chega uma hora que (esgotados os meios ou esgotada a disposição) a gente passa a notar que...a distância pode levar ao entendimento; o desespero leva ao exercício da calma; e o excesso de persistência pode levar à desistência...

(é, não tô muito produtiva hoje não...)

26.10.09

Music plays a mind trick







Jarbas Agnelli, diretor de cinema e músico, ao ver uma foto de pássaros pousados em  cinco fios elétricos sobrepostos, imaginou que as pequenas aves estavam, na verdade, posando...
"Co-mo as-sim?!"



Como todo mundo sabe, a música possui uma espécie de "escrita" própria, que são as partituras. Estas, por sua vez, em uma explicação bem rasteira, são compostas, basicamente pelos seguintes elementos: pentagrama (conjunto de cinco linhas horizontais paralelas), clave (que serve para determinar a "leitura" das notas nas linhas e espaços) e notas (sons - dã!).
O papo então é o seguinte: ao ver a foto que aos olhos da maioria absoluta dos demais seres não passava de um bando de pássaros sentados nos fios, o cara imaginou  a seguinte situação: os fios formavam o pentagrama e os pássaros estavam dispostos como as notas, formando uma composição.
Então, por curiosidade, utilizando a clave de sol (que é a "regra") e a foto original (onde haviam mais pássaros do que na que viu primeiramente), transpôs a melodia para uma partitura "real", para ver o que tinha sido "composto" pelas aves...eis o resultado:



Sensibilidade?! Musicalidade?! Maluquice?!
♫ Music plays a mind trick...♫*
(Me mostraram hoje...achei muito lindo e fiquei muito besta quando a pessoa falou que quando viu lembrou de mim... Acho que eu sou legal as vezes =P)
Visto em: Notícias Bizarras

*A musica prega uma peça na mente

"Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano...

não são muitos, pensarás com alívio." (Caio Fernando Abreu).


Pelo menos pra mim, outubro se despediu hoje...
Eu queria muito dormir essa próxima semana inteira, mas...não vai ser possível =P
Na verdade, não foi bem outubro que "foi", mas é como se algo me dissesse que algo novo "viesse",sabe?! Claro que, como sempre, eu não sei explicar... Mas acho que isso é reflexo da intensidade que minha vida experimentou em um pouco mais de um mês e que agora vai dar uma amenizada...
TCC, OAB, arrumando a "casa" aqui por dentro, tentando dar uma organizada na vida, como há muito eu não fazia, me pus em primeiríssimo lugar... Vivendo, chorando, sorrindo muito... me liberando de tanta coisa, me permitindo, aproveitando o convívio com determinadas pessoas, sentindo saudades de  outras... Inclusive, encontrei tanta gente ultimamente... as mais diversas pessoas, de tantos lugares, de tantas histórias, tantas lembranças...amigos, amores, colegas, exemplos...Daquelas pessoas que a gente nem costuma lembrar àquelas que a gente sempre lembra com saudade... saudade dela, saudade do tempo em que convivemos em que chegamos a achar que tudo aquilo não ia se modificar e, considerando que "o pra sempre, sempre acaba", a gente não se permitia utilizá-lo pra indicar o tempo que continuaríamos juntos, afirmando então que enquanto o mundo fosse mundo estaríamos lado a lado... é, corações muito jovens fazem todo o tipo de afirmações...
Ultimamente eu tenho vivido uma "coisa", mais do que um sentimento, mas todo um contexto de "coletividade"... me abri pro mundo: Encontrando; conversando; dividindo; apoiando e sendo apoiada; dividindo sonhos e sorrisos... reconhecendo o valor de cada pessoa, sem precipitações, sem olhar o mundo apenas pelo meu lado... sem adotar a autodefesa na modalidade "defenda-se mesmo que ainda não tenha exatamente do quê se defender". Abandonei as neuras, virei páginas, troquei a "playlist"...Parece que o mundo ficou maior e eu, de alguma forma, consigo não me sentir pequena diante dessa grandeza... tô de coração e mente abertos, me sinto leve, ainda que ainda tenha sobre mim toda a pressão que esse último ano de curso possa exercer sobre uma pessoa...
Outubro se despediu, com uma prova razoável,  com uma esperança de vitória, com cores no céu, e chuva de luz para anunciar que Ela, tão pequena e ao mesmo tempo tão grande, tá voltando pra casa... E eu espero que esse final de ano seja assim: de cor, de luz,  de esperança, de vitórias, de retorno ao sossego de se estar aonde se deve, comigo e com as coisas nos devidos lugares...
Outubro se despediu antes de novembro chegar...mas já implantando o clima do mês que vem...porque novembro é de festa... é o mês deles...meus amores, meus exemplos, minha vida... e eu espero que no dia que eles comemoram mais um ano juntos ou no dia que ele completa mais um ano, a gente possa comemorar muito, muitíssimo, porque tudo é nosso!
E que esses dois meses sejam assim... de encontro, sossego, felicidade, de se sentir em paz... para que 2009 não quebre a tradição dos anos com nomes não divisíveis por dois serem mais do que matematicamente ímpares.

24.10.09

Brilhando em vida, sorrindo à toa...♫




Muuuuuuuuiito bonitinha!! Ouvi no bonde hoje...dá vontade de cantar, cara! 
♫ Soooorri ♫

=D

22.10.09

"Sorrindo e fazendo o meu eu..."

Há dias em que a gente pode notar, sentir, constatar - e quantos verbos mais se adequarem – que ter certas coisas na vida é ter riqueza sem par, é coisa sem igual...
Porque se dar férias não é pecado... é o último semestre mesmo, a gente tem que começar a treinar o que vai fazer depois de se formar =PPorque é tão bom ser feliz ao compartilhar um sorriso com um pedacinho de gente que gargalha só de olhar pra tua cara de boba olhando pra ele...
Porque elas que são tão parecidas e tão diferentes, me fazem um bem tão comum...
Porque faltam poucos dias para que aqueeela volte e eu fico lembrando disso a todo momento e toda vez bate uma felicidade muito grande...

Porque eu sonhei coisas tão legais e consegui fazer com que o meu dia seguisse assim...como no sonho da mesma rua e da mesma casa branca desconhecidas e da felicidade de sempre... =D

\o/

21.10.09

sitting, waiting, wishing...

"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado..."

Das (ir)reparáveis perdas...

É difícil a gente se acostumar com pouco depois de conhecer a sensação de ter muito... é difícil teer menos depois que se conhece a sensação de ter o mais, o muito mais, o maior que tudo... E isso não se aplica somente a receber (afinal, para que a gente possa buscar  justiça a gente não pode partir de uma injustiça...) E, sendo assim...admito ter parte nisso e que, se hoje o que era mais; tão mais; tão grande;tão maior do que qualquer coisa, se transformou em algo tão menos...eu conheço muito bem a sensação dolorida de se constatar tão triste realidade... E mais, sei o quanto pesa a culpa... sei o peso da ação e da omissão que se praticou diante da brisa enquanto se formava o furacão...
Mas, maior do que qualquer peso e culpa, é o vazio... O vazio de cada abraço que eu não tenho; de cada momento em que a cabeça pesa e eu não tenho o teu ombro pra escorar; de cada vez que a minha mão, ao buscar outra, não encontra nada além do que a constatação desse vazio...de cada sorriso que eu não divido; de cada momento de raiva que não há quem me acalme; das noites em que o boa noite, especial fica guardado; das manhãs sem aquele "Bom dia"; de cada frase guardada numa coleção que é a coisa mais “cheia de vazio” que eu já tive na vida.. porque cada uma que passa a fazer parte dela, é sinal de quem um momento, um registro, se perdeu...porque (de diversas formas) você não está comigo para que eu possa, imediatamente, compartilhá-las... da imensidão que separa tudo entre nós ultimamente...
E não há o que não se perca dentro de tanto espaço...que ele tem o tamanho e o formato de algo que parece ter mudado de tamanho e se “deformado”, a ponto de, ao invés de substituir esse espaço, esse vazio, acabou se perdendo dentro dele...
Daí eu chamo atenção pra uma coisa: perder não é o mesmo que acabar...
Na verdade, eu acho que perder pode ser bem pior do que ver acabar...pois, de repente, a gente se vê sem... porque se a gente vê algo acabando e permite com que acabe, é porque a gente não tinha interesse em preservar...tanto fazia acabar ou não, ou ainda pior...poderia passar pelas nossas cabeças o triste pensamento “tava mesmo na hora...”.
Perder, no entanto, é súbito, inesperado...assusta e causa uma terrível sensação de impotência...porque você ainda queria aquilo, mas só o seu querer (independente do tamanho dele) não foi suficiente para que fôssemos diligentes ao ponto de evitar a perda... a gente não viu...talvez tenha até sentido um pouco na hora, mas  pensou ser apenas uma impressão... E quando a gente menos espera, se dá conta...sente a falta...que passa a ser tanta...Mas, é tarde...depois de perdido, tá feito... E ainda nos resta aquela esperança de que o outro tenha evitado a perda (sim...a gente sempre espera que o outro seja o “tapa buraco” das nossas falhas...)...a gente se descuida esperando que o outro seja mais atento, cuidadoso...esperamos então o momento de chegar até o outro e perguntar sobre aquilo, que era seu,  que era nosso...que você não cuidou e o outro nem notou... e, de repente, escapou de quatro mãos..
É... mas o outro é tão humano quanto você...e pode ter cometido os mesmos erros ou outros, mas que acabaram resultando na mesma coisa: aquilo foi ficando...e a gente foi partindo...quando nos demos conta, era tarde... E ainda que a gente consiga outras coisas da mesma natureza daquela, não há jeito... seu lugar estará sempre ali e sempre será seu... um lugar cheio de um vazio que nunca há de ser preenchido...um lugar “vago” que, depois de um tempo, você passa a nem olhar mais pra ele pra evitar a dor que a falta possa lhe causar...mas o esquecimento nunca será completo...e continuará ali sendo um (grande) vazio... A não ser que a gente dê a imensa  e rara sorte de reencontrar aquela coisa tão única que, na medida certa, é capaz de preenchê-lo...

Dos inventos cotidianos...


"Ainda ontem à noite eu te disse que era preciso tecer...
Ontem à noite disseste que não era difícil...disseste um pouco irônica que bastava começar, que no começo era só fingir e logo depois, não muito depois, o fingimento passava a ser verdade, então a gente ia até o fundo do fundo...eu não sabia até quando conseguiria disfarçar...e eu precisava tecer todos os dias os meus dias inteiros e inventar meus encontros e minhas alegrias e forjar esperas e me cercar de bruxos anjos profetas e que naquele momento eu achava que não conseguiria mais continuar tecendo inventos...
Eu disse que achava bonito e difícil ser um tecelão de inventos cotidianos...
E acho que não nos dissemos mais nada, e dissemos outra vez tudo aquilo que já havíamos dito e diríamos outras e outras vezes...
Já não era mais o dia de ontem, mas conseguíramos sentir que quem não nascer de novo já era no Reino dos Céus...
Ouvi tua voz perguntando lenta se eu ia continuar tecendo...mas perguntaste novamente se eu estava disposto a continuar tecendo — e então eu disse que sim, que estava disposto, que eu teceria.
Que eu teço..."
(Trechos de "O dia de ontem" CFA, adaptado - sempre se adaptando...)